sábado, 17 de setembro de 2011

Redes Escolares


Os panos tateam o chão

a sujeira insiste em ficar

bons dias dados em vão

celulares não param de tocar

correm nos corredores

atravessam ruas

olharam torto

cabelos com tranças

denotam imponência

que a sala iluminada

tenta destituir

eles forçam a porta para entrar

o papelão é rasgado para ajeitar

sussurra-se o nome dela

justamente para ela ignorar

não se gosta de estudar

o ventilador é ligado

para apenas um agradar

olhares curiosos

de sentimentos maldosos

criam indivíduos malcheirosos

de conhecimento descartável

não entendi

o horário é solicitado

obrigado

muito grato

quem está ali?

Ninguém

a dispersão

o susto da avaliação

mande beijos e abraços

chutam a abertura sem embaraço

não tem jeito, nem sou zuado

gritaram no meu ouvido

caralho...

é o sinal para de descrever

coisa alguma.