sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Download!!!


Uma onda de inconformismo invade a cena. Sem poder identificar o posicionamento no mundo, pegar ônibus sem rumo se torna a melhor opção. Quero fugir, quero fugir. O porteiro te olha com uma de desconfiado quando você entra desesperada com os olhos lacrimejados. Você procura garrafas, comprimidos, bagunça a porra toda. Um baseado. O bom e velho baseado. A vertigem procura uma forma e te dar de redefinição dos conceitos. Nunca foi certo essa porcaria mesmo e você está no quarto comendo e dormindo sem noção de sua potencialidade. Puta merda. Não sou coitada. Não sou coitada. Não... sou... coitada!!! Ta, já entendi. Do que adianta ouvir essas besteiras se a estrutura não me favorece em nada? Do que adianta? Aé, a busca. A buuuscaaa. Sem sentido essa merda. Senta ae, acende um cigarro, escarra nessa boca que te beija, a mão te afaga, é a mesma que te apedreja. Nem perguntei se você fuma né? Você se aporrinhou derrepente, levantou o copo cheio de vinho. E eu com o pano tentando secar o chão. E eu com o detergente tentando tirar o cheiro. A preta gata encostada na parede e você chega nela. Tasca outro beijo. Beijo. Homossexual. Putz.... Que merda ein! Nem deixou para mim. As vezes é difícil visualizar o quanto de caos somos induzidos a criar em nome de uma pretensa identidade. Às vezes o que acontece com o nosso ente mais querido é motivo para nossa desistência. Mas porra, somos continuidade das pessoas queridas, das pessoas que amamos e elas não desistiram, por isso a amamos. Vem cá, senta aí. Senta aí ó. Quer uma tragada? Ta vendo, ta vendo? Ta visualizando? A mente é infinita mulher preta e desistir é maneira mais fácil de destruição. Inventa uma bomba, uma poesia, uma música, ocupe os espaços historicamente negados. Sei lá! E a forma mais interessante de destruir algo. Destruir o condicionamento que nos dá a sensação de derrotados. É o que as pessoas que amamos querem que nós façamos. É o que eles querem. Aê, o baseado é foda porque do nada ele te dá uma sensação de intelectualidade. Apaga essa merda. Vou ali tomar uma cerveja, quando sair feche a porta. Saia de manhã. É melhor para enxergar...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Representações do Campo do Experimento



E ela olha dizendo que está confusa. Explica que tentou evitar. Evitar o que? Não está acontecendo nada. As unhas arranham a pele deixando marcas. Tenho vergonha. Ué, quem diria. Ela pede uma rapidinha. Diz que estou aprovado. E quem disse que preciso de sua aprovação? Você não sabe pedir. Só que você gosta de pegar. E gosta de sentir. E como gosta. Nem tenho algo tão excitante para proporcionar algo para sua imaginação. Talvez seduzir uma jovem e fazê-la perceber que ela gosta de sentir prazer, gosta de gozar e que a vida é excitante. É altamente válida. Encostá-la na parede, baixar delicadamente sua calça e penetrar. Tenho pouco recurso para investir em sua imaginação. Talvez se tivesse uma demonstração, pensaremos no seu caso. Mas o que realmente interessa além de gemidos e pedidos para fazer melhor do que já se fez. Quanta pretensão. Olha, tem alguém querendo nos vigiar. Foda-se tudo e a todos. Querendo mais e talvez uma exposição de um proto-sentimentalismo. Eu gosto o suficiente para me preocupar. Prometo te dar, carinho, mas gosto de ser sozinho, livre para voar... Ai, que chatice. É tudo clichê. É tudo clichê. Reveja esse roteiro pelo amor de Deus. Não quero o homem demonstrando maturidade na relação. Não quero uma jovem decidida e apta para ter prazer. Eu quero conflitos, confusões, brigas, choradeiras, paus duros e bocetas molhadas. Fazem tudo errado. Fazem tudo errado. Estão todos demitidos. Pausa para o intervalo. Coloca uma musiquinha ae! Pararapapararapaparararapaaaaaaaaaa. Um montoado de moedas no criado mudo e vários livros no chão do quarto e sua dança seduz todas as células do meu corpo. Atos e mais atos involuntários são codificados para o risco em ter alguém para desvendar o mistério. Aham pode parar. Ainda não gosto disso. Tem um cigarro? Eu não fumo. Tá, eu não gostei cara. Eu quero superficialidade. Não precisa definir quem é quem. Só ação e não interessa as conseqüências. Ae quer saber? Vem cá, só nos curtindo, se beijando, transando, gozando, se entendendo e vivendo. Rasga o regime padrão de representação de lado e me abraça. Gostosa, gostoosa, gosstooooooooooosaaaaaaaaaaa. Para de me chamar disso. Hahahahahahahahahahaha vai embora vai. Valeu! He.