quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cotidiano Parte VII ( Será o final?)




Não ajeite o sutiã querida. E como eu fico? Não fica. Aí nem vale a tentativa. E assim vamos criar novas alternativas diante do caos reinante. Caos reinante? Você é o messias agora? Porra, não gosto quando você me encareta. Você não gosta de quase nada. Gosto sim. Gosta nada. Gosto. De que? De você. Ah, seu bobo, que coisa mais batida. É batida, mas você gosta, você tá toda cheia.
Ando sem grana pra porra nenhuma. Gostaria de comprar flores, caixa de bombons, ir a um restaurante. Cumpri essas exigências relacionais. Exigências relacionais? É. Sei lá, não gosto dessa idéia de cumprir certas exigências quando se relaciona co alguém. Não gosta. Não, não gosto. Então não cumpra. É, tem razão. Tenho? Tem ou não? Olha, se você não estiver preparado para propor o diferente do que é habitual, nem adianta me dar razão. Então vai tomar no seu cu. Ha, ha, ha, ha...
Eu tô afim de fazer algo diferente. O que? Tá vendo esse mel? Tô. Quero lambuzar seu corpo e depois me deliciar. Ai, pára, você é muito safado. Sou? É, mas é meu safado. É preta, gosta ein? Ah, eu gosto, você não? Gosto principalmente quando te pego com força e há gemidos pedindo mais. Pára preto, assim eu fico envergonhada. Fica não, fica.
Acorda preto, acorda. O que foi? Gozou e dormiu. Também, fazer amor contigo cansa. Eu não tô cansada! Não? Não e ainda por cima eu quero mais. Mais? É, mais. Então vamos. O negócio básico é termos estabelecido que a experimentação é o melhor caminho, ou seja, existem tantas possibilidades, tantas que a cabeça gira a 360º . E daí preta? E daí?
O telefone tá tocando preto. Oi? Tão te solicitando aqui para trocar a película da filmadora. Pode deixar que já to indo...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cotidiano Parte VI


Rapá, você é esquisito mesmo! Não tenho te pedido pra fazer a parada? É mesmo? É Mané, é mesmo. Me deixou sem ação ein. Quem disse? Pô mané, você ainda pergunta? Tá ficando doido é? Foi mal. Foi mal nada, foi péssimo.
Estava atordoado com a cena vista. Nunca imaginei que ela fosse assim. Aliás, ando inocente ultimamente. Não imaginar que ela era assim foi um erro grave. Grave? Chego na sala de mansinho. Ouço gemidos. Preparo-me para eventuais contratempos. Adentro a sala e assinto a cena inóspita. Ela sendo penetrada violentamente por trás. Ela estava de quatro. Sem conexão com a realidade.
Estou triste por ter sido ludibriado por tanto tempo. Estou impotente por não cumprir o combinado. Só não consigo chorar. Devo ter perdido a sensibilidade. Quanta idiotice. Tô cansado. Resolvo ir ao bar tomar uma cerveja e esquecer um pouco de vida. Até que a cerveja está gelada. Uma coisa a não se apreciar é a minha atual conduta.
O telefone toca e vejo o nome dela. Não atendo. Já estou na minha quarta cerveja. Bêbado, resolvo ir para casa. Abro a porta cambaleando e ela está me esperando com uma cara de poucos amigos. Sento ao lado dela no sofá, procuro o controle da TV. A TV é ligada e fecho os olhos. Durmo. Recebo alguns tapas no rosto, mas não adianta muito. Álcool que é sonífero para mim.
Acordo e vejo o aparelho de DVD quebrado no chão. Deve ter sido ela. Bom, ela foi embora. Compensou. A minha cabeça dói. O camarada chega. Está na gaveta a parada. Sério mesmo? É rapá, só pegar. Ele já está com a parada em mãos. Pô, você é esquisito mesmo! Tava na gaveta o tempo todo e você não disse nada! Só foi para manter um drama. Você é esquisito! Sou mesmo. E as coisas continuaram em curso....

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Cotidiano Parte V


O beijo é molhado. Coloco a mão por entre as pernas dela e sinto sua buceta molhadinha. Tenho tara por essa pretinha, não agüento ficar perto dela sem ao menos lhe fazer um carinho. Sou definitivamente apaixonada por ela. E não me arrependo disso.
Ela está nua na minha frente. Nua e esperando um pedido. Qualquer um. Peço para ela massagear o clitóris. Bem devagar. Assim, devagarzinho. Pergunto se está gostoso. Sim, tá sim pretinho. O rosto dela começa a se transformar. Começa a reagir ao estímulo. Poderia dizer que é deformação ou algo parecido, mas não o é. É prazer e prazer não deforma, transforma. A deformação é uma transformação, não é? Talvez! A deformação te dá um caráter negativo. Ela está prestes a gozar. Assim eu não agüento pretinho. E assim ele explode. Liberta-se. Goza.
Pego seu corpo cambaleante e coloco na cama. Faço carinhos na sua testa e lhe dou um beijo tranqüilo. Ela sorri e diz ter sorte de me ter encontrado. Por que? Você é carinho. Já fui questionado sobre assumir um comportamento que poderia ser encarado como uma estratégia para acompanhar a demanda. Não gostei do questionamento, mas confesso que ser assim me traz muitas regalias.
Beijo seu pescoço demoradamente. Parto para seus seios médios e chupo até não poder mais. Desço pelo ventre, virilha. Sinto sua bucetinha molhadinha novamente e agora é a vez da minha língua tomar conta da relíquia. Ela se transforma. Me arranha. Puxa meus cabelos. Grita. Diz que sou safado. Geme manhosamente e goza. Duas vezes pretinho? Tá me deixando maluca...
Vou à cozinha tomar um copo de leite. Ele vem e me abraça por trás. Logo fico animado. Estamos nus. Ela segura o meu pau e alisa-o. Até quando trocaremos carinhos e prazeres? Já tinha feito essa pergunta pra ela e ouvi que envelhecer comigo seria o ideal. Eu realmente gosto dessa preta. Ela é linda, mas envelhecer é foda....

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Cotidiano Parte IV


Estava lendo um artigo que falava sobre os riscos que se tem ao apostar em algo. Geralmente a aposta já é um risco por si só, então o processo se torna redundante. Por que eu tô lendo isso, então? Ah, esquece o destaque. O celular toca. Olho o número e não reconheço. Atendo pra ver qual é. Alô. Tá bom, já estou indo. Besteira. Só um encontro casual para resolver um problema bobo. Tomo um café para que os pensamentos fluam de uma maneira mais compassada. Vou me encontrar com a figura.
Perto do local combinado observo um jogo mais do que manjado para arrancar grana de otário. 3 potes e uma bolinha. O jogo é adivinhar onde está a bolinha. A questão é a rapidez que a bolinha é escondida e sempre fica uma pessoa, parceira do embaralhador, que aposta na primeira vez e ganha, estimulo para os curiosos apostarem. E tem gente que cai nessas coisas ainda. Sempre.
Ela está me esperando já faz tempinho. Vejo pela sua expressão de insatisfação. Dou-lhe um beijo carinhoso e pergunto o que está havendo. Ela me explica e meu pensamento ecoa: “puta que pariu, que merda”. Eu digo que é mole, abro a carteira e lhe dou um dinheiro. Combinamos para ela me fazer uma visita a qualquer hora e nos despedimos com um beijo caloroso e um abraço apertado. Quanta idiotice para uma pessoa só e ela achando que eu poderei resolver o problema facilmente. E eu resolvi tranqüilamente. Não quero, nem preciso ter essa habilidade. Está na hora de me ausentar um pouco.
Já estou em casa degustando a goiabada e a campainha toca. Sou obrigado a levantar de meu sofá confortável para abrir a porta. Abro meio que insatisfeito e é ela que está na minha frente. Pergunto o que está acontecendo e vejo na mão dela um tabuleiro de xadrez. Eu até jogo xadrez, mas o que ela está fazendo com o tabuleiro? Eu pergunto e ela diz que quer fazer uma aposta. Se ela ganhar eu vou ter que prometer parar de desmerecer as pessoas e fazer as coisas com á vontade. Idiota. Ela nunca me ganhou no xadrez. Aceito a aposta. Demora e ela me ganha pela primeira vez.
Cai na armadilha da estratégia. Sucumbi a aposta. Preciso rever meus conceitos. Sou um imbecil mesmo...