segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Eu – lírico, eu – cínico, eu – tímido, eu – onírico


Existe coragem pra dizer sobre mim
Ou sobre alguém que esteja afim
Conquista o que te convém
Vive as histórias que se tem
Contesta o que não obtém
Faz coisas bem além
Do jeito, do contexto, do espelho
Reage de forma fora do padrão
Do eixo, do seixo, do sexo
Aliviando os meandros do que se considera bom
Não tem como contar o meio
De se chegar ao topo
De se controlar o jogo
De gozar de novo e novo
Nem tem como contar sobre mim
Se você tiver alguma curiosidade
Esqueça
Os versos são uma parte bem pequena
Da minha cabeça
Talvez nem sejam
Talvez nem apareçam
Todas as condições necessárias
De beijar a sua boca
Escoa
Existem segredos que não são à toa
Nem as estrofes
Não adianta
Não conto mais nada
Nem com tratamento de choque...

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nexo



Se acredito na libido

Tenho pouco abrigo

Mas quero me molhar

De licor

De vinho

De cachaça

De chuva

Quando acabar a graça

Podemos nos meter

Até no banco da praça

Se não fosse o atentado ao pudor

Senhor

Leve em consideração

O tesão

A paixão

A penetração

E a malemolência

Se as partes não souberem rebolar

Nunca vale a pena

Não entende de lubrificação?

Não entende de combustão?

Uma boa trepada

Às vezes é salvação

Às vezes não

E é até perigoso

Admitir a atração

Mesmo que se resolva na masturbação

Ou não

Taradice nunca é levado em consideração

Só se for explanado no ouvidinho

Precisamos de carinho

Precisamos de sexo

Ou de porra nenhuma

Quero nexo...