Ansiedade, chave mestra para possíveis brochadas diante de momentos sublimes. Taça pela metade, vinho seco, desce suave. Minutos passam, decoração base. Celular toca. “estamos na porta”. Acendo o fumo, adentrem ao recinto. Pretas, belas, meu trago é sucinto. Passo para as mãos delicadas e despretensiosas. Mais duas taças, me preparo para a prosa. Sento e elas se beijam. Seco é o vinho, a fumaça molha a destreza. Beijos molhados, mãos e braços entrecortados. Emaranhado felino, ousado. Beijo congelado para futuras solidões masturbatórias. Elas ultrapassam seus corpos de forma interruptória Nossa, bela chupada de seios. Minha cueca umedece de desejos. Tiro meu meu membro semi-rijo. Elas olham safadamente e intensificam os beijos furtivos. Pego fumo e dou trago, acabo com vinho da taça, agora é hora do embargo. Embargo a ansiedade. Estou a vontade. Elas apenas de calcinha, certo, não é montagem. Seios médios rijos, bicos apontados, ventre liso, olhar mal intencionado. Nádegas empinadas, pernas torneadas. Corpos pretos, mulheres prateadas. Pede pra colocar um som, dançam pra ficar bom. As taças revesam com os beijos. Simples desejo. Meu membro fica rijo de vez. Calcinhas somem para suas vênus se chocarem. Delírios, gritos, luares. Me controlo para não inundar as crostas lunares. Gemidos, sorrisos, erupções solares. Bocetas, caretas e contornos seculares. Estou sentado, ereto, abismado. Duas felinas pretas se atracando e eu aqui isolado. Uma delas engatinha e enjaula meu membro eviscerado. Vai e vem se torna o grande movimento almejado. A outra vem e sobre nos braços do sofá. A que cavalga chupa a frente e eu chupo por trás. Quadro cubista, música fugaz. O estranhamento é completo, o maravilhamento é completo. Não existe retórica quando a proposta é não ter proposta. Ataque sua resposta. Gozo! Agora! 3 desfalecem. Próximo vinho, próximo fumo, próxima tese....