quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reflexos Masculinos – Parte III


Tentativa esdrúxula de colocar ordem dentro de um cubículo. Sensação claustrofóbica é redundância. Fios de contato vão escapando por entre os dedos. Você não diz nada. Preserva-se. Só me oferece as trevas. Enjoou. Perdeu o encanto. Que seja. Quanto mais profundo invadimos, as fugas se tornam constantes. Bobo demais. Carente demais. Sensível demais. Droga. Devo lembrar o momento exato do tiro e você se abaixa em busca de proteção. Tá bom, sou eu que deveria ter te protegido. Tá bom, não quer mais aparecer. Porra, esse jogo para tentar saber até onde posso ir, está me enjoando. Por que provoca? E por que tenho que ter sempre uma postura que está tudo safo? Minha mente anda pulverizada diante de tantas incertezas que você apresenta. Acredita mesmo que eu seja capaz de suportar esse tipo de relação sem ter nenhuma sequela? Acredita? Ah, fique com os caras prendados, que te enxergam como docinho, com a princesinha pura e imaculada. Tô cansado e já meio puto de tolerar atrasos. Não a sorrisos falseados, nem lamentos programados. Querem chegar a algum lugar né. Eu não. Eu tô puto demais para querer ir a algum lugar. Nem sonhar eu quero. Para de projetar nossa vida em conjunto, pois nem um vinho você tem a capacidade tomar comigo. Tô puto, muito puto. Quer se preservar? Então se preserve. A culpa é minha mesmo. Sempre gasto energias por pessoas que valem a pena...

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