Comecei a abdicar dos
botecos como espaço de reflexão. O álcool não me parece mais um
bom aditivo para tentar compreender as incompreensões do mundo. E os
bêbados também não me parecem mais tão atraentes. Nem risada dá
mais pra proferir. Diante de uma rotina de olhares, capacidades e
motivações sendo aproveitados a 40%, o que fazer senão se
embriagar para pelo menos o auto-engano ser alimentado e as crenças
em bucetas cabeludas, conspirações futebolísticas e corpos
resistentes a litrões continuem atravessando gerações e gerações.
Oh meu Brasil varonil e sua tenra capacidade de nos tornar imcapazes
diante de nossas habilidades e chegar a velhice reclamando de uma
falta de descarga ou o que outro está fazendo até umas 3 da manhã
acordado. Experiências diluídas em horas a horas a fio de
pedaladas, cachaças e alguns baseados, para soldar o caldeirão onde
se incinera os produtos hospitalares. Droga, estou com uma imensa
saudade da preta e ela parece que não me vê mais como uma
referência daquilo que ela sempre necessitou. Normal, sou um ser que
com o tempo se perde o encanto mesmo. Frequentei o barbeiro e vejo a
capacidade de se falar sozinho para algumas palavras serem captadas.
Algumas palavras... e todo o comprometimento para ser visitado depois
de horas a fio produzindo algo válido? Hahahaha, não há produção
válida sem os órgãos de legitimação, irmão! Entre a apatia
diante de uma performance que se não fez impactante, mas se fez suar
uns litros e um mar que insiste em dizer que não terei em plenitude
as suas mulheres, o quarto obscuro acaba se tornando um refúgio.
Não, nada de refugios e apenas o quanto estamos comunicativos diante
de... sei lá. Talvez volte a ser um escritor de peso. Ou
me torne né. Ou me expresse para os meus 20 leitores ad eternum...
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