segunda-feira, 7 de abril de 2008

Na medida do caos...





O que estamos esperando, hein? Que os homens e mulheres inteligentes resolvam o problema de maneira simples e civilizada. Mesa de bar é foda, pois assuntos de ordem mundial surgem com a facilidade de uma golada na cerveja mais barata. Nem é tão barata assim. Simples e civilizador. A proposta de civilização sempre caminhou com a prática de extermínio. É? A bebida é um processo de extermínio. Minando o corpo. Assim com o sexo. Sexo? Pára, pára. O sexo não mina ninguém. Fica 12 horas trepando direto, então. Porra, 12 horas? O contexto etílico dissolve toda e qualquer tentativa de construção de conhecimento. Vem cá, ultimamente você anda muito formal, não consegue mais atingir a sua classe de origem. Classe de origem? É aquela que nos remete a nossa infância. As coisas evoluem. Evolução não é esquecimento. Evolução não é esquecimento. Vou me lembrar disso quando não me reconhecer no espelho. Meus pensamentos estão fragmentados, assim como o papo reto que já fez curva a bastante tempo. Assim como minha cor de pele ainda é motivo de desconfiança por parte das mulheres que tento conquistar. Assim como... ah, sei lá, tenho que buscar algum objetivo nisso tudo. Acorda, acorda rapá! O que, o que? É hoje! É hoje o quê? É hoje que vamos tirar a barriga da miséria. E como vamos fazer isso? Fazendo aquela correria básica. E se a gente for preso, irmão? E se a gente conseguir fazer a correria irmão? Tá vendo. Se não houver riscos, já era o bagulho!

O caos talvez seja a melhor garantia de que as coisas realmente mudem. O fio da meada pode garantir a decisão que há muito tempo pensamos em tomar. É o pensamento que está caótico e não traz nada de novo ao contexto e é a ausência do novo que talvez cause a confusão que te faz pular da cama e chutar o balde. Apesar que a proposta de chutar o balde é para no máximo conseguir uma fratura no pé, porque o balde com certeza vai estar cheio de cimento. Ai! Você pensa e acredita no que quiser. Eu assumo o personagem que desejar. Isto é ruim cara! Isto é ruim. Parece que não tem personalidade. Eh, pareço? É, parece! Ser alguém com personalidade ou ser alguém sem personalidade, eis a questão! Não liga para que esse doido diz, não... Você come gente pra caralho desse jeito! Olha só o canibal.

Estou sentado escrevendo e a observo. Melhor. Observo seu tênis desamarrado. Ela também percebe e desce para amarrá-lo. Tenho que parar de observar essas coisas. Elas acabam ficando sem importância no ambiente. Tá tudo muito estranho e qualquer tentativa de explicação transforma tudo em uma grande merda. Tá certo que todo esse emaranhado só tem um objetivo. Pelo menos é objetivo que quero alcançar. É todo caos que tiramos a força necessária para se mudar. E precisa-se mudar algo. Na verdade, os desejos reprimidos quando liberados são o contexto de provocação do caos reinante dentro da psique dele ou dela, sei lá. Provocações constantes, confissões que não têm nada de comum. O quebra-cabeça se for montado pode provocar a revolução. Pode.

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