quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau - Intencionado Parte IV


Tinha acordado com uma queimação tremenda devida a ressaca. Bibi muito no dia anterior. Resolvi então tomar um café em uma lanchonete no centro, esperando ela passar. Ela passou e nem olhou para os lados. Ligo para o celular dela. Ela demorou em atender o celular – Alô – Nem olha para os lados – Oi – Volta, estou tomando um café na lanchonete que você passou em frente. – Tá.
Ela voltou. Sentou na minha frente. Uma feição de contrariada. Segurei a mão dela. Estava quente. Expliquei a minha atual situação. Ela ficou puta. Disse que ia embora. Paguei o café e a acompanhei. Caminhamos em silêncio em direção ao ponto de ônibus. O ponto chegou e ela ficou afastada.
- Por que tem que ser assim? – Assim como? – Você aceita as coisas com muita facilidade. – Tem outra opção? – Sempre tem, você me dizia isso. – Agora não tem mais. – O lado bom, sempre tem o lado bom. – Lado bom, você é um idiota mesmo.
Ela se afastou. Bateu o pé com força no chão. Sinal de apreensão. Olhou para os ônibus. A linha dela que nunca vem. Ofereci um carona de carro. Ela aceitou.
No carro coloquei um cd que sempre escutávamos quando rasgávamos o tempo e ficávamos horas e horas nos amando. Quando voltávamos a ligar o celular, riamos com a quantidade de pessoas que nos tinha procurado.
Chegamos à frente da casa dela. Ela me convida para entrar. Na casa dela aceitei um copo d água. Observei ela deixar a bolsa na mesa. Ela sentou na minha frente. Coloquei o copo no chão. Nos beijamos. Toques, felações, penetrações e gozo. Sempre formos perfeitos nesse ritual.
Estávamos descansando. Meu celular toca. – Mais um otário? Tá, já estou indo. Lágrimas escorreram no rosto dela. Vesti-me. Nem me despeço. Só sei que nunca mais voltarei...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau-Intecionado Parte III


Observava o otário entrando no mercado. Eu estava na esquina fumando um cigarro. Os carros passavam em direção ao centro. O otário sai do mercado e resolve caminhar em direção ao centro. Fazer o que né, tenho que segui-lo. Essas missões cansam. Apago o cigarro e vou atrás.
A humilhação consiste em não permitir a pessoas de exercerem plenamente aquilo no qual estavam dispostas. É isso mesmo? A humilhação é a vontade de potência reduzida a nada. A humilhação é o receio de fazer algo vergonhoso na frente dos outros. A humilhação é o retrato de uma caricatura que você não concorda. A humilhação é a tatuagem em que o arrependimento é eterno.
O otário para numa farmácia. Tomara que compre algo para a dor. É bem rápido por sinal. Ele continua caminhando e eu o seguindo. A percepção dele é parca. A estreiteza de seu raciocínio espanta até o cachorro que é adestrado para ser dócil. E segundo alguns relatos de suas amantes, fode mal pra cacete. Porra, que merda de pessoa é essa? O que ela pensa que está fazendo no mundo? Quem que pariu essa enfermidade?
Ele está elegante. Terno alinhado, gravata nova, sapato polido. Carrega uma maleta na mão direita. O celular dele tocou. Deve ser aquela que está chifrando-o. Outra vez que estava perto, ele ligou e colocou no viva voz. Ela parecia que estava fodendo. Parecia. Ele chega à praça central. Desliga o celular. Dá um leve sorriso. A praça central está movimentada como sempre. Beleza!
Aperto o passo em direção ao otário. Acerto-lhe um pescoção e ele fica desequilibrado. Em seguida aplico-lhe uma rasteira. Ele cai, batendo fortemente a nuca no chão. Pego-o e lhe aplico alguns tapas. Tapa de mão aberta para humilhar! Senti o que otário não ia reagir. Dou-lhe um soco e quebro seu nariz. Percebo a aproximação de policiais. Pego a sua maleta e jogo longe. Em seguida me distancio para não ser incomodado pelos porcos. Missão cumprida. Fiquei extremamente excitado. Ótimo!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau - Intencionado Parte II


Vamo lá então: Estava sentado na cadeira enquanto ela dançava na minha frente. Entre quadris rebolativos que já tive na minha frente, ela é a melhor, não é à toa que ela está no caderno. Eita coisa boa. Ela estava com uma calça jeans colada e um blusinha amarela também colada ao corpo, mostrando a barriguinha. Tinha um piercing na barriga. Interessante. Ela realmente sabe dançar. A música também ajuda. Um soul clássico, música que emociona. Eu não tava emocionado. Tava de pau duro mesmo. Hehehehehehehehehe.
Ela fica de costas para mim e começa a tirar bem devagar a calça. Nossa. Que visão sublime. Como ela tem um domínio corporal clássico devido ao balé, ela faz algo realmente excitante. Depois de tirar a calça, eu olhar sua bela bunda torneada e perceber o fio dental vermelho, ela empina e coloca as mãos nos pés, bem típica das dançarinas de bordeis e eu viajo em sua bela vagina inchada.
É bom demais isso. Peço para ela vir de costas em minha direção. Bota a bunda na minha cara bota. Ela faz. Quase sou sufocado. Puxo a calvinha para o lado e chupo sua buceta, seu cu. Sempre me preocupei em ser especialista em chupadas e nem tem uma resposta plausível para essa tara. Chupo e sinto sua respiração ofegante. Chupo e sinto seu corpo tremer, chupo e ouço ela gritar. Chupo, chupo, chupo a te que em um espamo ela goza e cai quase que esfacelada por cima de mim. O que fazer nessas horas.
É rapá, como eu sou carinhoso. Empurro-a com toda força ao chão. Ela se assusta e olha para mim com os olhos lacrimejantes. O nariz dela sangrava. Levantei-me e acendi um cigarro. – Por que fez isso comigo? – Porque você merece. Ela ficou sem entender. Cata a calça rapidamente, se veste e tenta dar um tapa na minha cara. Eu deixo, o cigarro cai. Talvez ela esperasse um soco da minha parte, mas nem reajo nem nada. Ela se vai.
Se eu não a empurrasse, teria a foda na minha vida, porém eu só queria vê-la sangrar. Já me enrolou muito a vaca. Você é um canalha. Um tremendo de um filho da puta. É, eu sei....

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau - Intencionado Parte I




Ai, que topada do caralho. Meu dedo está doendo incrivelmente. Vou tirar os sapatos. É, neguinho, o tempo é curto, assim como são curtas as minhas calças. Realmente não ando muito bom em analogias, também pudera, a acidez dos tempos modernos anda de mãos dadas comigo ultimamente. Não tem como fugir mi companheiro. Não tem mesmo, essa é a grande questão. Bom, divagações a parte, é hora de arrumar minhas tralhas e traçar alguns objetivos. Objetivos. Objetivos e mais objetivos tentam mover o homem em direção a alguma coisa e o que temos? O que temos? Responda ae, responda...
A campainha toca. – Sim, pois não? – Poderia baixar um pouco o som, por favor. Estou com uma dor de cabeças daquelas... Você compreende sim? – Claro, desculpe o incômodo, abaixarei já. – Muito obrigado! – De nada.
Ah Miles, não sabia que você incomodava os enfermos. Pois é caro companheiro, não querem deixar eu exibir minhas habilidades. Miles agora sussurra e eu penso na sonoridade do nome Miles em um filho meu. Filho? Ah, pra quando? É, tem razão, não terei um filho chamado Miles tão cedo. O caderno, cadê o caderno?
Aqui, tá aqui. Empoeirado você hein? Deixa ver se acho a lista, a lista... achei. 20 nomes. No período de mais ou menos ________ terei que ter um relacionamento intenso com cada um desses nomes, dessas pessoas. Hum, intensidade. Isso dá tesão. A intensidade prenuncia uma nova fase. Nova fase? É, nova fase meu querido. Meu querido, onde você está?
Lembro perfeitamente que toda vez que te confidenciava algo, a sua frase era pontual, repetitiva, porém, me fazia refletir profundamente: “Quanta dramaticidade meu caro, quanta dramaticidade!” Ficava muito puto, pois queria me sentir especial nesses momentos e você me reduzia a apenas um mísero ser.
Como assim? Como assim? Esse nome na lista? He, vai ser interessante. Dentro de possíveis sensações que podemos ter diante de tal , o mais interessante a se pensar é que a decisão de fazer o que eu estou prestes a fazer, é apenas uma decisão minha e nada mais do que isso. Porra, deveria ser mais enfático nessa reflexão. Pois é, as intencionalidades é que darão a ênfase necessária ao ato, ou atos, ou recuos, ou gozadas e por aí vai...
E não estou exatamente com boas intenções. Eita sorrisão bonito....