quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau-Intecionado Parte III


Observava o otário entrando no mercado. Eu estava na esquina fumando um cigarro. Os carros passavam em direção ao centro. O otário sai do mercado e resolve caminhar em direção ao centro. Fazer o que né, tenho que segui-lo. Essas missões cansam. Apago o cigarro e vou atrás.
A humilhação consiste em não permitir a pessoas de exercerem plenamente aquilo no qual estavam dispostas. É isso mesmo? A humilhação é a vontade de potência reduzida a nada. A humilhação é o receio de fazer algo vergonhoso na frente dos outros. A humilhação é o retrato de uma caricatura que você não concorda. A humilhação é a tatuagem em que o arrependimento é eterno.
O otário para numa farmácia. Tomara que compre algo para a dor. É bem rápido por sinal. Ele continua caminhando e eu o seguindo. A percepção dele é parca. A estreiteza de seu raciocínio espanta até o cachorro que é adestrado para ser dócil. E segundo alguns relatos de suas amantes, fode mal pra cacete. Porra, que merda de pessoa é essa? O que ela pensa que está fazendo no mundo? Quem que pariu essa enfermidade?
Ele está elegante. Terno alinhado, gravata nova, sapato polido. Carrega uma maleta na mão direita. O celular dele tocou. Deve ser aquela que está chifrando-o. Outra vez que estava perto, ele ligou e colocou no viva voz. Ela parecia que estava fodendo. Parecia. Ele chega à praça central. Desliga o celular. Dá um leve sorriso. A praça central está movimentada como sempre. Beleza!
Aperto o passo em direção ao otário. Acerto-lhe um pescoção e ele fica desequilibrado. Em seguida aplico-lhe uma rasteira. Ele cai, batendo fortemente a nuca no chão. Pego-o e lhe aplico alguns tapas. Tapa de mão aberta para humilhar! Senti o que otário não ia reagir. Dou-lhe um soco e quebro seu nariz. Percebo a aproximação de policiais. Pego a sua maleta e jogo longe. Em seguida me distancio para não ser incomodado pelos porcos. Missão cumprida. Fiquei extremamente excitado. Ótimo!

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