segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Diário de um Ser Mau - Intencionado Parte I




Ai, que topada do caralho. Meu dedo está doendo incrivelmente. Vou tirar os sapatos. É, neguinho, o tempo é curto, assim como são curtas as minhas calças. Realmente não ando muito bom em analogias, também pudera, a acidez dos tempos modernos anda de mãos dadas comigo ultimamente. Não tem como fugir mi companheiro. Não tem mesmo, essa é a grande questão. Bom, divagações a parte, é hora de arrumar minhas tralhas e traçar alguns objetivos. Objetivos. Objetivos e mais objetivos tentam mover o homem em direção a alguma coisa e o que temos? O que temos? Responda ae, responda...
A campainha toca. – Sim, pois não? – Poderia baixar um pouco o som, por favor. Estou com uma dor de cabeças daquelas... Você compreende sim? – Claro, desculpe o incômodo, abaixarei já. – Muito obrigado! – De nada.
Ah Miles, não sabia que você incomodava os enfermos. Pois é caro companheiro, não querem deixar eu exibir minhas habilidades. Miles agora sussurra e eu penso na sonoridade do nome Miles em um filho meu. Filho? Ah, pra quando? É, tem razão, não terei um filho chamado Miles tão cedo. O caderno, cadê o caderno?
Aqui, tá aqui. Empoeirado você hein? Deixa ver se acho a lista, a lista... achei. 20 nomes. No período de mais ou menos ________ terei que ter um relacionamento intenso com cada um desses nomes, dessas pessoas. Hum, intensidade. Isso dá tesão. A intensidade prenuncia uma nova fase. Nova fase? É, nova fase meu querido. Meu querido, onde você está?
Lembro perfeitamente que toda vez que te confidenciava algo, a sua frase era pontual, repetitiva, porém, me fazia refletir profundamente: “Quanta dramaticidade meu caro, quanta dramaticidade!” Ficava muito puto, pois queria me sentir especial nesses momentos e você me reduzia a apenas um mísero ser.
Como assim? Como assim? Esse nome na lista? He, vai ser interessante. Dentro de possíveis sensações que podemos ter diante de tal , o mais interessante a se pensar é que a decisão de fazer o que eu estou prestes a fazer, é apenas uma decisão minha e nada mais do que isso. Porra, deveria ser mais enfático nessa reflexão. Pois é, as intencionalidades é que darão a ênfase necessária ao ato, ou atos, ou recuos, ou gozadas e por aí vai...
E não estou exatamente com boas intenções. Eita sorrisão bonito....

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