As ondas sempre impressionam pela continuidade. Parece que nunca cansam. São cíclicas e não se importam. Com quem as desafie. Elas fazem questão de mostrar que sempre estarão lá e derrubarão quem tiver no caminho. Surfistas? Putz, quem dirá embarcações...
A imensidão do mar assusta. Nunca sabemos onde termina muito menos onde começa. Na beira da praia talvez. E quem tenta decifra-lo talvez só o nomeie. Só que são tantas nomeações e as fronteiras são tão frágeis quanto os náufragos.
Não se preocupe. Tudo ficará mais calmo. Iremos resolver a situação. Reforçaremos as embarcações. O mar bravio não irá nos fazer desistir. Tomara meu Deus, tomara.
E quem disse que estamos quites com vocês? Não querem se molhar amigos? Quem quer ser marinheiro? Quem quer enfrentar o mar? E não estão dispostos a entender como funciona. Pelo amor de Deus, assim não dá.
Eles mergulham no mar e enxergam Jesus Cristo. Eles mergulham no mar e enxergam Buda. Eles mergulham no mar e enxergam Maomé. Iemanjá reclama e o comandante se diz ecumênico. Tenho a ligeira impressão de que você não sabe onde pisa. Que sua empreitada como comandante é um grande fiasco e não admite. Não sabia que no mar haveria tempestades? O casco do seu navio não é resistente. Não previram os rochedos, os corais. E para que muitos marinheiros? Não sabia que a embarcação ia pesar? Não quer fazer o óbvio?
A onda é gigante e te engole. Os marinheiros morrem afogados não poderá mais andar.
O mar sempre triunfará, sempre triunfará, sempre!
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