segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Revolução Poética XXXI




Acordei caricatura
vida insegura
antes de me assustar
as esquinas são calcanhares
micro-cosmos
lugares
quase ignorantes por transeuntes inúteis
canaliza
respiração, suor, ojeriza
corra, corra
desvia da baliza
eles fazem seus clãs
nós chegamos amanhã
mudando a porra toda
esforço em ser alguém melhor
mesmo que a avaliação seja de alguém pior
não diga nada, apenas tenha dó
dos seus pés
pois tu andas pra caralho
compra uma bicicleta
acende um baseado
beba um suco
seja vegano
saco
não sou de esquerda, nem de direita
sou preto
conquisto respeito
escrevo por direito
denuncio desespero
só fodo com a preta
bem daquele jeito
não há revolução
se não há compreensão
da letargia
não há revolução
se não houver um pouquinho de ousadia
não há revolução
se não acordar todo dia
não há revolução
se sua vontade não for
poesia!
Entende agora, seu porra?

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