Ansiedade, chave mestra para possíveis brochadas diante de momentos sublimes. Taça pela metade, vinho seco, desce suave. Minutos passam, decoração base. Celular toca. “estamos na porta”. Acendo o fumo, adentrem ao recinto. Pretas, belas, meu trago é sucinto. Passo para as mãos delicadas e despretensiosas. Mais duas taças, me preparo para a prosa. Sento e elas se beijam. Seco é o vinho, a fumaça molha a destreza. Beijos molhados, mãos e braços entrecortados. Emaranhado felino, ousado. Beijo congelado para futuras solidões masturbatórias. Elas ultrapassam seus corpos de forma interruptória Nossa, bela chupada de seios. Minha cueca umedece de desejos. Tiro meu meu membro semi-rijo. Elas olham safadamente e intensificam os beijos furtivos. Pego fumo e dou trago, acabo com vinho da taça, agora é hora do embargo. Embargo a ansiedade. Estou a vontade. Elas apenas de calcinha, certo, não é montagem. Seios médios rijos, bicos apontados, ventre liso, olhar mal intencionado. Nádegas empinadas, pernas torneadas. Corpos pretos, mulheres prateadas. Pede pra colocar um som, dançam pra ficar bom. As taças revesam com os beijos. Simples desejo. Meu membro fica rijo de vez. Calcinhas somem para suas vênus se chocarem. Delírios, gritos, luares. Me controlo para não inundar as crostas lunares. Gemidos, sorrisos, erupções solares. Bocetas, caretas e contornos seculares. Estou sentado, ereto, abismado. Duas felinas pretas se atracando e eu aqui isolado. Uma delas engatinha e enjaula meu membro eviscerado. Vai e vem se torna o grande movimento almejado. A outra vem e sobre nos braços do sofá. A que cavalga chupa a frente e eu chupo por trás. Quadro cubista, música fugaz. O estranhamento é completo, o maravilhamento é completo. Não existe retórica quando a proposta é não ter proposta. Ataque sua resposta. Gozo! Agora! 3 desfalecem. Próximo vinho, próximo fumo, próxima tese....
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Memória das Palavras
Joga a marimba
se livra da mandinga
o marimbondo voa raso
sua mochila tá cheia
de minhoca
logo você com seu
corpo odara
a sua patota não tem a
casa cara
corra daquela quenga
para
seu quengo não
funciona
salta
urucubaca que junta
não espalha
seu xodó nunca quer o
pior
te xinga quando não dá
o nó
ficou zonzo, ficou
zonzo?
Imagina quando ouvir o
zumzum
tonto
cadê meu fubá
to com fome
ziquizira pra mim não
funciona
ô home
to fulo da vida com seu
fuxico
fuzuê até aguento
fungar o remendo, não
admito
monta na cacunda e vamo
meter o pé
lá no cafundó é que
todo mundo te quer
vamo curar o calombo do
seu coração
cafuné as vezes é
melhor do que unção
mexe a bunda
não fica borocoxô
o berimbau toca
o bitelo acordou
se joga na caçamba,
vamo viajar
a cachaça alivia,
serve pra esquentar
olha o cachimbo, olha o
cachimbo
o sacana se livra do
molambo
a muamba passa sem
nenhum pano
a miçanga e o ganzá
tão no ponto
a ginga é alegria do
ferido
vamo tomar uma garapa
a goroboba tá no prato
a diamba tá separada
vou dar uma bela de uma
cochilada....
domingo, 25 de novembro de 2012
Produtivos...
Mais postura, mais
postura por favor
assinaram o tratado que
você formulou
levante as mãos,
levante as mãos
quem sabe consiga
parceiros mais fíéis
investida em
continuações, em insinuações
somos mais do que
simples arranhões
e as lições?
Nada de dever de casa
o meu caderno nem tem
uma lauda
só tenho algumas
páginas da minha alma
elas tão escritos com
sangue
estanque.
Torneiras entopem com a densidade do sangue
Torneiras entopem com a densidade do sangue
e eis que desejo tudo
ralo
até a minha
consciência não alimenta mais o rato
o fato é
deixar tudo de lado
ninguém puxa uma
cadeira pra uma simples conversa
ereta, mantém a cabeça
ereta
a tecnologia descarta
também eleva
conseguiremos o padrão,
com pressa
se por acaso
avançarmos, seguraremos o rojão
se por acaso
retrocedermos, pediremos o perdão
se nos adequarmos,
robôs sempre serão
as aberrações não
dependem de talentos
as considerações são
limítrofes dos entendimentos
a risada come solta
a língua sempre irá
fugir da boca
os atrozes são
confessionários ferozes
o tiro não saiu pela
culatra
acertou na testa
completaram o serviço
com a navalha...
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Enquanto...
Enquanto ela trepa
minha mente tá em
alerta
tentando escapar da
insanidade
tenra idade
onde corpos não são
copos
redifinação de
identidade
redifinação de
propriedade
enquanto ela trepa
finjo que sou poeta
disfarço a dor
mimetizo o amor
percebo nitidamente
o desejo sem pudor
e por mais que se tente
o canone tá bloqueado
enquanto ela trepa
tento andar de
bicicleta
levo um baita tombo
quem mandou não andar
de cabeça ereta
enquanto ela trepa
tento me isolar
isso não é tão
difícil
difícil alguém me
notar
to perdido no sentido
de anotar
passos e traços
de um GPS desligado
nem sei me guiar
enquanto ela trepa
a lua surge
os corpos fluem
mortes acontecem
pessoas desaparecem
casais brigam
farois piscam
universo de sensações
conjunções de
movimentos
enquanto ela trepa
eu vou morrendo...
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Reflexos Masculinos – Extra
Se eu sumir? Pergunta sempre corrente quando nos sentimos falhos diante de determinas escolhas e ainda sim, tentamos sustenta-las até a última consequência. Minha existência divide isolamento, sarcasmo, coragem e enfrentamento. Buscando pares para dividir o meu existir e propondo a experiência como sendo capaz de chegar a um momento em que não é mais necessário experimentar o que posso oferecer. Minha carteira de possibilidades anda vazia? Andar, pensar, escrever e gozar quase sempre são atos solitários, pelo menos pra mim. Quando chego perto de pensar em dividir isso, a divisão sempre é disposta pra pessoas com mais propensão a não arriscar tanto como sempre arrisquei para ser quem eu sou. Sou nada e o aprofundamento do meu ser me faz ser menos ainda. Defendo teses inviáveis e jogadas quase sempre ineficazes para o corrente. Tento ser pensador, rapper, professor, amigo, sensível, amoroso e hoje só me sinto horrível, justamente porque o enfrentamento, ah, o enfrentamento sempre me deixa em xeque. Talvez ela perceba que minhas escolhas são fora do senso para vivermos fora do tempo. Hipotético isso. Se eu sumir? Chorariam talvez. Existe uma força aqui dentro. Existe. Por mais que hoje tenha levado uma surra das minhas convicções...
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Revolução Poética XXXI
Acordei caricatura
vida insegura
antes de me assustar
as esquinas são
calcanhares
micro-cosmos
lugares
quase ignorantes por
transeuntes inúteis
canaliza
respiração, suor,
ojeriza
corra, corra
desvia da baliza
eles fazem seus clãs
nós chegamos amanhã
mudando a porra toda
esforço em ser alguém
melhor
mesmo que a avaliação
seja de alguém pior
não diga nada, apenas
tenha dó
dos seus pés
pois tu andas pra
caralho
compra uma bicicleta
acende um baseado
beba um suco
seja vegano
saco
não sou de esquerda,
nem de direita
sou preto
conquisto respeito
escrevo por direito
denuncio desespero
só fodo com a preta
bem daquele jeito
não há revolução
se não há compreensão
da letargia
não há revolução
se não houver um
pouquinho de ousadia
não há revolução
se não acordar todo
dia
não há revolução
se sua vontade não for
poesia!
Entende agora, seu
porra?
Revolução Poética XXX
Conheci a preta na
praça
nervosismo, ansiedade,
praça
conheci a preta e sua
lágrima
conheci a preta e sua
nudez
assustei
admirei
apaixonei
amei
ainda amo
no fundo das minhas
entranhas
alma que se expande
arranha
preta sensitiva da
minha vida
me assanha
corporalidades
vontades
o nexo perdoa
fases
não saia de frente
nem considere as crases
a perfectibilidade é
falha
critérios são
critérios
mistérios são
mistérios
não cravo o eterno
pois já estranhou
espero
caminhos são caminhos
se ligou
não estamos mais
sozinhos....
Revolução Poética XXIX
Miserabilidade
olho pra mão
sinto uma grande emoção
uma comiseração
cheguei perto do objeto
extra-virgem
mente calcificando
tá de sacanagem ou o
que?
Não quis me dar
sou feio pra danar
colocar no meu lugar
me dê um café
e um saco de chá
chá deixa pra cê
vou defecar
calma ae
construção
reforma
instituição?
Aqui e agora
quem mandou acreditar?
Agora chora
vai ter reação
não ignora
teu corpo tá maculado
ferido
destroçado
mais um irmão se foi
organizar um levante
ou como sempre
deixar pra depois?
domingo, 14 de outubro de 2012
Revolução Poética XXVIII
O submisso reclama dos
submissos
os espertos reclamam
disso e daquilo
não adianta ser jovem
se tudo acabou
em lágrimas não
em seu ridículo
temos um novo campeão
em cena
temos um novo motivo
pra pena
lutei até o final
ando tão banal
feliz por ser
retardatário
culpa do sistema de
avaliação
música com só uma
frase?
Retrocesso ou fase?
Defesas propostas em
linha
afrontas da loja da
esquina
lógica, lógica
não esquece as tintas
nem as mãos grossas
puuuuuuf
cansado da mesma
paisagem
sempre devendo
mesma paisagem
sempre acreditando
mesma paisagem
360 graus
caos
saiu sem o cartucho
carregado
o telefone vibra
amores suam a camisa
alguém mais perto
alguém mais perto
diga-me porque é tão
difícil
estar na contra-mão...
Revolução Poética XXVII
Notas sobre a evolução
não
notas sobre o som
não
políticas de juventude
voam sem virtude
sobrevivendo
slam
palavras pulam
sortimento
refrigerante
elegante é a forma de
descarte
ignorante
bandidos sem armas
presídios sem armadas
muros são escadas
para a perdição em
perna aberta
ereta
alongamento conserta
concerto renega
sua música profana
me esgana
quero novas conexões
novas interpretações
velhas canções
escolaridade
para os de meia idade
solos de instrumentos
solo é a terra
precisamos estar vivos
será que importa?
sábado, 13 de outubro de 2012
Revolução Poética XXVI
A mente confunde
imunidade com
solicitude
porrada com atitude
comportamento com
alimento
o nego tá no relento
comentários televisivos
direcionamento nocivo
ah, nada demais
leve sua vontade para
passear
um bom roteirista
sempre tá a beira mar
nas custas de vários
bestas
fazer o que?
Bota o corpo pra ferver
alguma coisa acontecer
unificar propostas
bota pra fuder
ou não?
Diapasão
pra afinar a sua noção
rebola mais não
to cheio de tesão
instrumentos não
metálicos
penetram com emoção
huuuuuuuum
tá bem na foto
ou quem tirou que tá
bem foto?
Troço
desconfia de tudo
até do sócio
fecharemos o comércio
queremos ócio
mas antes vamos gritar
no teatro municipal
Revolução Poética XXV
Alonguei meu pensamento
manual de redação
redução de vocábulos
aumento da paixão
entrego cartas de bares
uma noite para plurais
admito, admito
nunca participei de
bacanais
ervas medicinais
pedaladas amorais
desviar de pessoas, de
carros
tombos colossais
todo quebrado
o jeito tá elevado
pede pra eu autorizar
que otário
estica
cria novos cenários
amor na produção
atingir quem e o que
irmão?
Sei
musicalidade evolutiva
agora eu sei
rimando fora do tempo
agora eu sei
quem experimenta
tem que ter talento?
Agora eu sei
não sou legitimado
onde que errei
já cheguei
corpo ereto
mãos no chão
reclama de tudo
menos do coração
sístole
apreensão
se envenena. Vai...
Revolução Poética XXIV
coisas acontecendo
mentalize
sedentarismo
tendinite, burcite
movimento pélvico
medo do sexo
da potência
do nexo
não olhe para trás
estar no meio de amigos
é o que satisfaz
há uma evolução carnal
sambe até não poder mais
perto de penetrar
medo demais
é melhor lorotar
medida eficaz
pros bobos
pros tolos
pros bundas sujas
não faz língua
malcriada, suja, imunda
liga o botão
fingir maturidade
enganar a vida?
Dá não
mal de família
não finja uma postura
não sabe que ele nunca te assumiria?
O que importa?
Jogos e troças
fofocas e fofocas
desejos molhados
aprenda
existem vários lados
não adianta se esconder.....
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Revolução Poética XXIII
Não adianta ficar
falseando
ela está te evitando
não adianta ficar
driblando
ela está te enganando
tá nada
sua mente é uma
neurose nata
esportes radicais
cervejas quase banais
e ae negão
chegou com a oferenda?
Quero 10 conto
to cheio de rango
entenda
não quero celular
para não ser
aporrinhando
as pessoas com as
vontandes
estão com seus seres
falseados
acredite
o caminho foi traçado
mostrar potenciais
é passaporte do
descartado
não
nem sempre
pode rolar amor
profundo
dedicação extrema
superação do absurdo
não adianta sondar
aqui não vai chegar
inimigo a gente mata
quando não dá
a gente falseia
hoje é seu dia de
comer a ceia
amanhã é o dia de ver
a preta
dançar
dançar
dançar
os espaços tão
fracionados
a economia é um grande
fracasso
Revolução Poética XXII
Tá difícil amor
não se movimentar com
ardor
você por perto
deixa meu animo indolor
vamo brincar
lembrar do que dá
do que não dá
deixe as conexões pra
lá
o modem não chegou
o presidente não
registrou
os pulos continuam
altos
sorrisos e vontade de
assalto
aos corações
imaculados da décima rua
qual é a tua?
Cadê a coerência
açúcar entopem os
dentes
e aquecem a inocência
formigas moram em
buracos
mijados sem nenhuma
pena
fogem e picam nossos
pés
inchaços fiéis
provoquem os céus
agora estamos em
combustão
chamem as crianças
pularemos
pularemos
pularemos
podemos aprender
algo...
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Revolução Poética XXI
Preguiça para um banho
pensando em possíveis
ganhos
olho atentamente
gritaram algo estranho
oprimiram seu filho com
o grito alheio
acharam a moeda no
bolso esquerdo
compre a paçoca
e a vida nem é rota
droga
prisão perpétua para
os anônimos
nomes trocados em
sonhos
o leitor, o criador e
perceptor
encontro no quarto o
meu momento criador
com a amada, com a
charada, com a levada
deite nas minhas costas
e não diga nada
batidas do meu coração
batidas da minha
pulsação
o que ele disse?
Leia para mim esta nota
“prezado senhor, veio
por meio deste
dizer está em falta
conosco
seus cartões serão
bloqueados
seus bens serão
penhorados”
Não achava que era bom
em nada
ela quer pular para a
próxima etapa
fecha as portas
saia
está perto de
descobrir a fórmula mágica
Revolução Poética XX
Pra que serve o Estado?
Ele não me provém
dar garantia as pessoas
estimula o desdém
grande pensador
está na frente do seu
rebento
senhor
senhora
quem mandou trabalhar?
Sua necessidade acabou
com o núcleo familiar
quem foi castigado
acha que é exemplo
não perceberam que o
castigo
é o pai dos omissos
veneno
direito pra que?
Nós queremos é
reeprender
quem sabe bater
para não mais fazer
manda quem pode
obedece quem nasceu no
prejuízo
a conta tá na nossas
costas
juízo
vamos arrumar confusão
para sair sem pagar
mas logo com aquele?
Por que não?
Aquele é o dono do
restaurante...
Revolução Poética XIX
Quebradiças
portas
fechaduras
tortas
olha o sustoooooooo
ele chegou
bateu
xingou
o povo comemorou
desligue os gadgets
a tecnologia aliena
pena, que pena
fique calma
e abra as pernas
o exame deu negativo
uuuuuufa
votação pra
secretario?
Classe de vanguardas é
o caralho
inovação furada
meia furada
cueca furada
calcinha enfiada
todo enfiado é o
crédito da intelectualidade
deixa pra mais tarde.
Preciso sonhar....
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Revolução Poética XVIII
Olho para nudez
não sou castigado
conectivo enviezado
obnubilado
ando travado
meu corpo é inúmeros
pedaços
tons de cinza são tão
tons de cinza
o samba é sincopado
tons e semi tons
libertam fantasmas
fantasmas libertam
jogos de máscaras
onde iremos dessa vez
as fotos me lembram de
vez
não dá pra ficar mais
rodeado
corra amigo, corra
ligue e deixe correr
corra amigo, corra
atenda e deixe morrer
qualquer hábito
impeditivo de reinvenção
qualquer diálogo sorve
consideração
abram buracos, cavem
destinos
resumo de raízes que
nunca tivemos
exclusivo, exclusivo
é a assinatura da
revista de aceitação
aceitação que a porra
toda tem que sofrer intervenção!!
Revolução Poética XVII
procurem fórmulas de
absorção
realidade é mesma, o
que sobra é a confusão
legitimação
legitimação
legitimação
não querem aparecer no
vídeo por desinteresse
também por compaixão
não fazem nada
porque não precisa
se expressam bem
porque sabem bem
lidam bem
somos ignorados
pulmões inchados
ares viciados
estamos quebrados
tentando fazer as
pessoas pensarem
conta até 50
espera eles se
esconderem
só não esperem eles
voltarem
estranho
estudou pra cacete
ninguém te dá uma
moral
pagaram o café
a cerveja
o contra-filé
só não pagaram pra
alguém te ouvir
vamos resistir
vamos....
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Revolução Poética XVI
Passionalidades
provocam choros
novelas provocam coros
de barbárie
entretenimento vil
esporro pueril
travestem até a
catarsis
popular eu?
Li pra caralho
só pra confundir o
mercenário
e quem chega de
mansinho
percebe que não raso
só minha conta
e meu bolso
não tá furado
mas vazio tá
e aí, sou popular?
Tá, deixa pra lá
vamos chegar e tocar o
piano
dançar uma jazz
e descer a até o chão
com o funk, é óbvio?
Direito administrativo
para abrir vários
escritórios
de burrice aguda
ando me sentindo inútil
é a nuestra luta
que nunca acaba
entorta a cuca...
Revolução Poética XIII
Os binóculos são
comprados
pois a justiça não
enxerga
fomentaram a democracia
os votos e a agonia
o raso e a letargia
e conhecimentos laicos
para palhaços castros
pequenos-burgueses
transparentes prazeres
não definem nossas
prioridades
organizaram o
coeficiente
povo da cidade babaca
minha pele nunca é
representada
ops
tiraram os remédios
o dinheiro
e o doce
favoreceu o caderninho
e os curralzinhos
renovação
na gaiola dos
passarinhos
indicaram a marmata
o elefante
e o cavalinho
e a humanidade olha
sem nem nenhuma
perspectiva
30 dias para o fim do
mundo
30 dias para percebemos
que essa organização
não nos pertencem...
Revolução Poética XV
Cafés, vinhos
escuros, tintos
acordam defuntos,
embebedam símios
e ainda desconfiam do
artista
planos de 6 anos
quantificaram o ônus
arrebentaram o ânus
experiência tardia
se livrar da alergia
quem dia?
2 mil corpos
expostos
gozos propostos
máquinas e ócios
não se cruzam baby!
Rádio preto
com música de preto
pesado porra
santa ignorância
sociedade do espetáculo
e dos sem herança
acreditamos no boato
e na liderança
cantores afinados
pra que tantos
coquetéis
molotovs...
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Revolução Poética XIV
Pipocas com sabor de
mel
Já assistiu Lua de
Fel?
Não se deixa uma
mulher ao léu
nem supervalorize sua
dor
tonteado com shorts
curtos
e 1000 taças de licor
breaks beats comemoram
aniversários
e nos pedem para
cumprir horários
reserva de mercado e
funcionários
em novas funções
escolhidas pelo “Capo”
admita, admita
honradez e honestidade
só nas páginas íntimas
sujas com graxa da
caminhonete cinza
o que isso tem haver
comigo?
O que isso tem haver
conosco?
Estamos em busca do
desgosto
o mel vira açúcar
cristalizado
e verme dança em seu
estomago
solte o cachorro,
pois o sol o incomada
solte os gatos,
pois só temos meia
hora
solte os picaretas,
pois os salvadores
estão na moda
solte suas emoções,
pois não há mais
espaço na roda
quem sabe uma vaga na
obra...
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